Muito já se falou e escreveu sobre a autoestima, mas será que todos sabem exatamente o que é autoestima?
Autoestima é mais do que ter uma boa autoimagem, ter autoestima é confiar na nossa capacidade de pensar de maneira objetiva e realística, é confiar na nossa capacidade de lidar com os desafios da vida e acreditar no nosso direito de ter “um lugar ao sol” e ser feliz. É sentir-se digno e merecedor de usufruir dos frutos do nosso esforço, com direito de expressar nossas necessidades e desejos.
Segundo o Dr. Nathaniel Branden, psicoterapeuta canadense, são seis os pilares que sustentam a autoestima:
1. Autoconsciência:
Quem vive no "piloto automático", sem pensar e tentando fugir dos fatos desagradáveis, sofre uma deficiência em sua capacidade de percepção e análise sobre o que vale a pena e o que não vale, sobre o que é importante e o que não é importante em sua vida.
Se escolhemos fugir de nós mesmos em vez de ter consciência de si, estamos causando um grande dano para a nossa autoestima. A forma mais comum de fazer isso é fugir dos fatos que nos desagradam. Mas lembre-se, "aquilo a que você resiste, persiste."
2. Autoaceitação:
Se não aceitarmos que temos um problema, como é que poderemos resolvê-lo? A autoestima começa por respeitar a realidade! No nível mais profundo, aceitar-se é a virtude de assumir o compromisso de valorizar-se a si mesmo. Aceitar-se é abraçar nossos pensamentos, sentimentos, emoções e ações, assumir a responsabilidade por eles, sem fuga, negação ou rejeição. É a virtude do realismo, o respeito pela realidade aplicada a nós mesmos. Assim, se encararmos um erro que cometemos, reconhecendo-o e aceitando-o, poderemos aprender com ele e fazer melhor no futuro. Caso contrário, estaremos condenados a repeti-lo até que aprendamos a lição.
3. Autorresponsabilidade:
Assumir a responsabilidade por nossas ações e pelo atingimento dos nossos objetivos nos permite assumir o comando das nossas vidas e do nosso bem-estar.
A prática da autorresponsabilidade envolve assumir o seguinte:
Ser responsável por obter o que eu quero.
Ser o autor das minhas escolhas e das minhas ações.
Ser responsável pelo nível de consciência que dedico aos meus relacionamentos.
Ser responsável pela maneira como administro o meu tempo.
Ser responsável pela qualidade da minha comunicação.
Ser responsável por escolher os valores que eu quero para guiar minha vida.
Ser responsável por elevar o nível de minha autoestima.
Ninguém vai nos livrar dos medos que adquirimos no nosso passado. Se queremos que a nossa vida melhore, se queremos estar mais perto da nossa felicidade pessoal, cabe a nós mesmos fazer algo diferente.
4. Autenticidade:
Autenticidade significa respeitar nossos desejos, necessidades e valores e encontrar sua expressão adequada dentro da realidade. Ou seja, ser autêntico é não fingir para agradar os outros. O oposto da autenticidade é fechar-se em um porão onde tudo que se é permanece escondido, adormecido ou recalcado, para poder ser aceito pelos outros. Exercício de autenticidade e autoafirmação é equivalente a não disfarçar quem somos para agradar. Ou seja, tirar a máscara e assumir a nossa essência. A verdadeira autenticidade envolve a disposição para enfrentar as dificuldades da vida e atravessá-las com determinação, em vez de fugir delas.
5. Propósito:
Através de nossos propósitos, de nossa determinação, organizamos o nosso comportamento e lhe damos foco e direção. Viver sem propósito significa viver à mercê do acaso, de acontecimentos fortuitos, de encontro causal. Viver com propósito, em vez disso, é viver de forma produtiva, definindo nossos objetivos e agindo para alcançá-los.
Não podemos organizar um comportamento produtivo em torno de um objetivo vago e indefinido. Nossos objetivos nos levam para a frente, fazem com que utilizemos nossas faculdades e energizam nossa existência.
6. Integridade:
É o que nos impede de entrar em conflito com os nossos valores, é admitir nossas falhas sem tentar responsabilizar outros, é reconhecer nossos erros e reparar os danos que causamos, comprometendo-se a agir de forma diferente dali em diante. De forma direta, a integridade pessoal envolve questões como: Sou honesto e confiável? Cumpro o que prometo? Faço as coisas que eu digo que admiro e evito o que eu acho que são negativas?
A prática da integridade pessoal significa ter princípios de conduta para permanecer fiel, coerente com o que nós pensamos, dizemos e fazemos; respeitar os nossos compromissos e manter as nossas promessas.
Quando todos esses pilares são atendidos, sentimos que somos pessoas em que se pode confiar, pois a autoestima se concentra em valores internos, que não mudam e que não saem de moda. A autoestima é construída a partir de princípios e lemas de vida que não mudam, universais, como honestidade, gratidão, respeito, liberdade e consistência.
Enfim, a jornada para uma autoestima saudável é contínua e exige dedicação. Ao cultivarmos esses pilares em nossas vidas, não apenas nos fortalecemos internamente, mas também nos tornamos capazes de enfrentar os desafios com confiança e garra. Lembre-se: você é digno de amor, respeito e felicidade. Acredite em si mesmo, valorize suas conquistas e nunca pare de crescer. Sua autoestima é a base para uma vida plena e satisfatória. Siga em frente e construa uma melhor versão de si mesmo!
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